sexta-feira, 23 de maio de 2014

ALAGOAS NO INÍCIO DA COLONIZAÇÃO

            No ano de 1500, Dom Manuel, Dom Manuel, rei de Portugal, preparou uma frota, composta de treze caravelas e mandou ara as Índias, comandada pelo Almirante Pedro Álvares Cabral.  

Alguns documentos registram esse fato histórico, porém o mais importante foi a carta de Pero Vaz de Caminha, a qual descreve o que aconteceu durante a viagem. Nessa carta, Caminha relata que do alto mar, avistaram um monte a que deram o nome de Monte Pascoal.

O território recém-descoberto recebeu os nomes de ILHA DE VERA CRUZ, TERRA DE SANTA CRUZ e depois BRASIL, pelo fato de ter uma espécie de árvore que existia em abundância, de onde era extraída uma tinta vermelha, que era o pau-brasil (madeira cor de brasa).
  
A primeira expedição ao Sul da Capitania de Pernambuco foi conduzida pelo próprio donatário, Duarte Coelho, que saiu do Recife beirando o litoral até chegar à foz do rio São Francisco. De lá, rio acima, deparou-se com um local privilegiado pela natureza, com o rio cheio de pedras. Edificou um forte e deu origem a povoação de Penedo, a qual talvez tenha sido encontrada por seu filho Duarte de Albuquerque, acompanhado de seu irmão Jorge de Albuquerque.

Duarte Coelho, segundo os historiadores, era dotado de muita capacidade administrativa e devotado a causa do governo português. Suas cartas ao Rei Dom João III, eram verdadeiros relatos sobre a riqueza da capitania, suas paisagens e os índios. Fundou Olinda, fez aliança com os índios e iniciou o plantio da cana-de-açúcar, dando origem aos primeiros engenhos.

Após sua morte, seu filho de Duarte de Albuquerque assumiu a Capitania de Pernambuco e, após algumas explorações, voltou à Lisboa e de lá partiu para a África, onde morreu numa batalha, assumindo em seu lugar seu irmão Jorge de Albuquerque.

Jorge de Albuquerque dividiu a Capitaneia em duas partes, sendo a do norte com sede em Olinda, ficou por ele administrada. A do sul, que hoje é o Estado de Alagoas, foi dividida em sete sesmarias.

Dentre os que receberam as sesmarias, destacam-se a de Cristóvão Lins, que ficava do rio Manguaba ao Cabo de Santo Agostinho, onde fundou a cidade de Porto Calvo, e a de Diogo Soas da Cunha, que compreendia da Pajussara ao Porto do Francês. Anos depois, Diogo Soares lançou fundamento de uma povoação que recebeu o nome de Santa Maria Magdalena das Lagoas do Sul, depois Alagoas do Sul e, finalmente, Marechal Deodoro.

As povoações se desenvolveram sempre nas proximidades dos acidentes hidrográficos, surgindo a partir daí, os três primeiros núcleos de povoamento de Alagoas: Porto Calvo, banhado por quatro rios, ao norte, Santa Maria Madalena (atual Marechal Deodoro), as margens da Lagoa Manguaba, ao centro, e Penedo, às margens do rio São Francisco, ao sul.

Da ligação comercial entre os três primeiros núcleos surgem outro como Santa Luzia do Norte, São Miguel dos Campos, e Porto de Pedras, todos também caracterizados pela presença de água.

 O que movimentava a economia entre essas povoações eram os engenhos de cana-de-açúcar que foram se desenvolvendo e à proporção que iam aumentando em número, tornava-se necessário aumentar a plantação de matéria prima, a cana-de-açúcar. A grande maioria dos engenhos se desenvolveu na Zona da Mata e na Zona Litorânea, exatamente onde hoje se encontram usinas de açúcar e destilarias de álcool.

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