A Província de Alagoas,
marcada pela proclamação da República inicia sua nova fase, sendo denominado
Estado, tendo como chefe maior o governador. Após os governos de Tibúrcio
Valeriano e Pedro Paulino da Fonseca, sucedeu-se uma lista de governadores, a
exceção do período ditatorial em que eram interventores, até os dias atuais.
Após o término do
mandato de Pedro Paulino, foi eleito Manoel de Araújo Góes, que com sua
experiência de governar em face de ter sido presidente da Província de Sergipe,
passou a governar o Estado de Alagoas. Antes de ingressar a carreira política,
foi advogado e magistrado.
Em seu governo, a
crise estava cada vez mais intensa. A população fez uma passeata e Araújo Góes
mandou dissolvê-la a bala. Apesar de ser um destemido político, a situação se
agravava cada vez mais.
Araújo Góes era um
político prático e estava organizando as primeiras leis orgânicas no Estado.
Deixou o poder no dia em que o Marechal Floriano assumiu a presidência,
passando o Estado a ser governado por uma junta.
Gabino Suzano de
Araújo Besouro, conhecido como Gabino Besouro foi um homem inteligente e
destemido, que teve seu plano de governo que
foi quase todo executado, e, durante o período de 24 de março 1892 a 16 de
julho de 1894, tiveram como principais obras:
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Normalizou o serviço
público e tornou eficiente a cobrança de impostos;
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Adquiriu prédios para
estabelecimentos públicos;
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Promoveu a criação de
teatros, com fins educativos;
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Deu atenção ao ensino
de segundo grau, hoje ensino médio;
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Foram de sua
iniciativa as leis de ordem pública no inicio do período republicano
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Foi criada a primeira
bandeira do Estado de Alagoas
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Foi lançada a 1ª pedra
do Palácio do Governo, no Largo dos Martírios, em 16.09.1893.
Governo Barão de
Traipu – Dr. Manuel Gomes Ribeiro assumiu em outubro de 1894. Durante sua
administração, as agitações continuavam a ocorrer. Nessa administração foram
tratadas as questões de limites entre Alagoas e Pernambuco. O Barão entrou de
licença, passando o governo para o Coronel Vieira Peixoto, que era vice, e só voltou
no dia em que o novo governador tomou posse
Governo Manoel José
Duarte - Dr. Manuel Duarte era médico e professor do Liceu Alagoano. Era um
homem ponderado, cheio de ideais, mas não teve forças para enfrentar a
oposição. Deu grande apoio ao
movimento para a criação do primeiro Bispado de Alagoas, porém, quando foi
assinado o Decreto Consistorial ele já não estava mais no Poder. Um ano antes
de terminar seu mandato, entregou o governo ao vice Santos Pacheco, para se
candidatar a senador da República.
No início do século
XX, dois irmãos dominaram o governo do Estado, como eleitos pelo povo: Joaquim
Paulo e Euclides Vieira Malta, formando o que passou para a História como
Oligarquia dos Malta. A família continuou dominando no alto Sertão, elegendo prefeitos
e deputados estaduais. Mas, foi se dispersando e a cada eleição, seus
candidatos vão sendo derrotados.
Euclides Vieira governou o Estado Malta de 12 de junho de 1900 a 12 de junho de 1903. Durante seu governo adquiriu apoio em Maceió por meio de uma série de obras públicas, principalmente praças, passeios públicos, a construção do teatro Deodoro da Fonseca, a finalização do Palácio dos Martírios, o erguimento do Palácio da Justiça e do Palácio da Intendência e outras, as quais modernizaram a capital. A remodelação dos espaços públicos esteve sob a coordenação do competente pintor Rosalvo Ribeiro, um dos principais nomes das artes plásticas alagoanas da época. Os prédios citados, que até hoje dão singularidade ao centro da cidade, foram projetados pelo arquiteto italiano Giovanni Luigi Giuseppe Lucarini (1842-1907).
Joaquim Paulo Vieira Malta sucedeu Euclides entre 12 de junho de 1903 e 12 de junho de 1906.
Passou menos de dois anos no governo de Alagoas, pois entrou de licença para fazer um tratamento de saúde, passando assim, o poder para o vice-governador Antônio Máximo da Cunha Rêgo, mas reassumindo o cargo.
Nas décadas de
1930/40, os Góes Monteiro, formaram outra oligarquia. Alagoas passou a ser
conhecida como “Alagóes”. Dois irmãos: Ismar de Goes Monteiro e Silvestre
Péricles de Goes Monteiro, foram governadores (um, especificamente Interventor,
na ditadura de Vargas e o segundo, governador eleito pelo povo). Depois,
sucederam-se vários governadores, sendo Álvaro Paes o último governador do
período chamado República Velha.