terça-feira, 5 de agosto de 2014

ALAGOAS NA REPÚBLICA VELHA


Terminada a fase monárquica, o Brasil entrou na fase republicana, que foi iniciada com sua proclamação em 15 de novembro de 1889. Durante esse tempo, houve uma fase de preparação em face de o país estar acostumado com uma forma de governo (monarquia), a qual durou 77 anos.

Proclamada a República, o Estado passou a desenvolver sua autonomia, com todos os governadores tentando resolver seus problemas sociais, econômicos e culturais.

Após iniciar a República Velha, no dia 19 de novembro, o Governo Provisório instituiu a Bandeira Nacional do Brasil República e convocou uma assembleia de juristas para ser elaborada uma nova constituição. Nesse mesmo dia foi designado para ser o governador provisório o Comendador Tibúrcio Valeriano. No dia 21 de novembro, o governador Tibúrcio tomava posse em seu cargo, e nesse mesmo dia, Marechal Deodoro, no exercício da presidência, assinou um decreto nomeando seu irmão Pedro Paulino da Fonseca para o Governo Ditatorial de Alagoas.

Pedro Paulino da Fonseca, foi o primeiro governador eleito após a promulgação da Constituição Estadual, em 12 de junho de 1891. Apesar de todo seu preparo intelectual, Pedro Paulino não foi feliz como governador.  Cometeu vários erros administrativos, e até usava da violência para governar, algo que deixou seus correligionários descontentes. Mesmo com todos os problemas, fundou o Colégio Orfanológico para abrigar órfãs desvalidas.

Após se candidatar a senador, Pedro Paulino entregou o governo ao Dr. Roberto Calheiros, sendo o último passando para o Dr. Manoel de Araújo Goes. Esses dois últimos foram presidentes provinciais. 

Em 11 de junho de 1891 hove a promulgação da primeira Constituição do Estado. No dia seguinte houve eleição para o governo do estado, tendo como vitoriosos Pedro Paulino da Fonseca e Manoel de Araújo Goes. Após um período de agitação, Paulino renunciou ao poder voltando para o Senado, e quem assumiria o poder era o vice Manoel de Araújo Goes.

Perturbados e incertos decorreram os primeiros dez anos de vida republicana, na província. Governos se sucediam, nomeados pelo poder central ou eleitos pelo povo, mas quase sempre substituídos ou depostos. Constituíram-se várias juntas governativas, numa ou noutra oportunidade. Somente no fim do século XIX, ou melhor, já nos primeiros anos do século XX, a situação se consolidou com os governos do barão de Traipu e de Euclides Malta, o primeiro da chamada "oligarquia Malta", que se prolongou até 1912. Euclides governou de 1900 a 1903; sucedeu-lhe o irmão, Joaquim Paulo, no período de 1903 a 1906; Euclides voltou ao poder de 1906 a 1909, e, reelegendo-se nesse ano, permaneceu por mais um triênio, até 1912.

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