sexta-feira, 8 de agosto de 2014

ALAGOAS NA GUERRA DO PARAGUAI


A Guerra do Paraguai foi um conflito que aconteceu de 27 de dezembro de 1864 a 08 de abril de 1870, que tinha como objetivo impedir a invasão do Paraguai, sob a presidência de Francisco Solano Lopez, nos demais países da América do Sul. Para que isso não acontecesse Argentina Brasil e Uruguai tiveram que se juntar para participar do enfrentamento.

Durante a Guerra do Paraguai, Alagoas enviou cerca de três mil e quinhentos soldados para combate, inclusive toda a família Mendes da Fonseca , que tinha como matriarca dona Rosa da Fonseca, da qual faziam parte seus filhos Manoel Deodoro (futuro primeiro presidente do Brasil), Hermes Ernesto, Severiano Martins, Pedro Paulino (futuro governador do Estado de Alagoas), Hipólito Mendes, Eduardo Emiliano, João Severiano e Afonso Aurélio. Além dos da Família Fonseca, também participaram Floriano Peixoto, Gabino Besouro, Roberto Ferreira, Virgínio Napoleão e Cyrilo de Castro.

A primeira participação da PMAL em conflito que exigiu operação de guerra deu-se em 1839, quando Agostinho da Silva Neto, presidente da Província resolveu transferir a Capital, então instalada na cidade de Alagoas (atual Marechal Deodoro), para Maceió.

Nessa época houve oposição da PM ao ato de Silva Neto, tendo que enfrentar as tropas comandadas pelo major Manoel Mendes da Fonseca (pai de Deodoro).

Em dezembro de 1864, tropas paraguaias atravessaram a fronteira com o Brasil e tomam o Forte Coimbra, na Província do Mato Grosso, dando início à Guerra do Paraguai, que duraria até 1870.

Um matutino da época registra que antes de embarcar no vapor São Francisco com destino ao teatro de operações, as tropas desfilaram pelas ruas de Maceió, sob intensa aclamação popular.

Alguns chefes políticos se aproveitaram de vinganças pessoais, espalhando o pavor em muitas pessoas, em alguns momentos arrancando um único homem de cada casa para ser alistado nas tropas do Exército. O presidente da província de Alagoas, João Batista Gonçalves suspendeu esse rigor, facilitando o alistamento de voluntários.

Nos últimos anos da Guerra do Paraguai, Alagoas estava sendo governada pelo presidente José Bento Figueiredo Júnior, e o fim da guerra deu-se pela morte de Solano Lopez, provocada pelo Cabo José Francisco Lacerda, conhecido como “Chico Diabo”, com uma lança em Cerro Coá, no Paraguai.

Ao retornar à Província, em 1870, os soldados alagoanos foram calorosamente recebidos pelo povo, que prestou homenagens aos 201 milicianos mortos em combate.

Mesmo depois do fim da guerra, D Pedro II não festejou a vitória, enviando ajuda aos derrotados. Com isso, o Brasil assinou um tratado de paz com o Uruguai em 09 de janeiro de 1872, continuando as relações diplomáticas.

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