quarta-feira, 4 de junho de 2014

ALAGOAS NA ESCRAVIDÃO


ALAGOAS NA ESCRAVIDÃO

 
No Brasil, a escravidão teve início no século XVI, com a produção de açúcar, devido a instalação de engenhos. Após o fracasso da escravidão dos índios, os portugueses resolveram trazer os negros da África para o trabalho escravo. Eram trazidos nos porões dos navios da pior forma possível. Se existisse algum ser doente, era jogado em alto-mar;

Os negros chegavam ao porto de Recife e eram distribuídos nos engenhos. Sua venda era efetuada, dependendo de sua capacidade física. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro.  

Eram tratados da pior forma possível e recebiam castigos caso desobedecessem.  Muitos eram levados para trabalhar no engenho, outros nas minas (a partir do século XVIII).

 

 

COMPOSIÇÃO DO ENGENHO

 

Os engenhos eram compostos por moenda, casa de purgar, fornalhas, galpões e diversos depósitos. Neles havia a casa grande (residência do proprietário), capela e senzala, onde os escravos viviam em más condições. Nelas procuravam praticar suas culturas, pelo fato de serem proibidos.

 

ESCRAVOS E AS LEIS DOS BRANCOS.

 

Além da proibição de praticar sua cultura, não podiam praticar sua religião, sendo obrigado a seguir o catolicismo e usar o idioma português para comunicação. Em alguns casos, não podiam fequentar a mesma igreja que os brancos. Para continuar suas práticas religiosas, os escravos usavam o sincretismo religioso para conservar suas crenças. Nas senzalas desenvolveram vários costumes utilizados hoje, como a feijoada, o candomblé e uma forma de luta desenvolvida por eles, a capoeira.

FUGAS DE ESCRAVOS E DESEJO DE LIBERDADE

 

Os africanos que viviam escravizados alimentavam o desejo de fugir, e por isso empregavam todos os meios. Aproveitando a situação dos engenhos, no quais os senhores tinha preocupação de planejar expulsar os holandeses do Brasil, realizavam fugas e juntavam-se em grupos, que eram chamados de quilombos, e o mais conhecidos eram o Quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga, próximo onde atualmente é situada a cidade de União dos Palmares. Quilombo dos Palmares recebeu este nome devido à vasta plantação de palmeiras que existia.

Quando os escravos eram capturados, recebiam severos castigos, dentre os quais levavam chibatadas no tronco, conhecido como pelourinho. Outra medida que os senhores de engenho tomavam era queimar o rosto do fugitivo com ferro quente com a letra “F” de FUJÃO”, e esta última palavra fazia parte de uma placa de madeira em que o escravo carregava em seu pescoço.

Devido aos maus tratos, os escravos lutavam pela sua liberdade, e uma das formas eram as constantes fugas para outros locais, formando povoados que seriam conhecidos como quilombos. Cada quilombo tinha um líder de raça para organizar suas manifestações a favor da libertação dos escravos.

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