Alagoano
nascido em Rio Largo, em 19 de setembro de 1911, era de descendente de família proprietária de engenho de
açúcar na cidade de Santa Luiza do Norte, o Engenho Cachoeirinha. Durante sua
adolescência foi para o Rio de Janeiro, onde estudou Jornalismo, Direito e
trabalhou no mercado imobiliário. Retornou a Alagoas ingressando na política.
Ocupou os cargos de Deputado Federal em 1945. Após ser eleito Para Deputado
Federal e Governador de Alagoas, em 1950, optou pelo último cargo. Simpático e
cativando as pessoas por onde passava, Arnon de Mello estendia a mão para
todos.
Desde sua adolescência teve
envolvimento com um conhecido grupo de intelectuais que se destacavam, Jorge de
Lima, Aurélio Buarque de Holanda, Manuel Diegues Jr., José Lins do Rego, Rui
Lima e Valdemar Cavalcanti que, na década de 1920, debatia, publicava e
organizava eventos artístico-culturais em Alagoas. Politicamente, esses
intelectuais estavam ligados ao grupo derrotado pela Revolução de 30 e tinham
participação ativa nos embates políticos desde o ano de 1935, época em que,
Osman Loureiro e Silvestre Péricles disputaram a eleição para governador. Nessa
eleição, o candidato de Silvestre Péricles vai ser derrotado em uma campanha
considerada inovadora.
No dia 31 de janeiro de 1951 foi
recebido pela população no Aeroporto, de onde iniciou um trajeto até a cidade
de Maceió, com as pistas cheias de gente, que acreditavam em dias melhores para
o governo.
Sua gestão foi marcada por dificuldades
deixadas pelo governo anterior. Uma delas foi conseguir recursos para o Estado,
uma vez que Arnon de Mello não fazia parte do partido do Presidente da
República, mas como era comunicativo, acabou sensibilizando-o e conseguindo
verbas.
O governo Arnon de Mello, contudo,
não consegue diferenciar-se muito do cotidiano de seu antecessor. Os conflitos
vão continuar no interior, redundando em tiros e mortes. Além do mais, a
oposição leva a efeito uma forte campanha denunciando irregularidades,
mordomias, desvios de recursos públicos e má aplicação de verbas, o que vai
criar um grande desgaste na imagem de seu governo. Mesmo com os desgastes,
conseguiu fazer alguns feitos por Alagoas.
Seu Mandato terminou em 1956, tendo
como sucessor Sebastião Marinho Muniz Falcão.
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