terça-feira, 9 de dezembro de 2014

GOVERNO ARNON DE MELLO


Alagoano nascido em Rio Largo, em 19 de setembro de 1911, era de descendente de família proprietária de engenho de açúcar na cidade de Santa Luiza do Norte, o Engenho Cachoeirinha. Durante sua adolescência foi para o Rio de Janeiro, onde estudou Jornalismo, Direito e trabalhou no mercado imobiliário. Retornou a Alagoas ingressando na política. Ocupou os cargos de Deputado Federal em 1945. Após ser eleito Para Deputado Federal e Governador de Alagoas, em 1950, optou pelo último cargo. Simpático e cativando as pessoas por onde passava, Arnon de Mello estendia a mão para todos. 

Desde sua adolescência teve envolvimento com um conhecido grupo de intelectuais que se destacavam, Jorge de Lima, Aurélio Buarque de Holanda, Manuel Diegues Jr., José Lins do Rego, Rui Lima e Valdemar Cavalcanti que, na década de 1920, debatia, publicava e organizava eventos artístico-culturais em Alagoas. Politicamente, esses intelectuais estavam ligados ao grupo derrotado pela Revolução de 30 e tinham participação ativa nos embates políticos desde o ano de 1935, época em que, Osman Loureiro e Silvestre Péricles disputaram a eleição para governador. Nessa eleição, o candidato de Silvestre Péricles vai ser derrotado em uma campanha considerada inovadora.

No dia 31 de janeiro de 1951 foi recebido pela população no Aeroporto, de onde iniciou um trajeto até a cidade de Maceió, com as pistas cheias de gente, que acreditavam em dias melhores para o governo.

Sua gestão foi marcada por dificuldades deixadas pelo governo anterior. Uma delas foi conseguir recursos para o Estado, uma vez que Arnon de Mello não fazia parte do partido do Presidente da República, mas como era comunicativo, acabou sensibilizando-o e conseguindo verbas.

O governo Arnon de Mello, contudo, não consegue diferenciar-se muito do cotidiano de seu antecessor. Os conflitos vão continuar no interior, redundando em tiros e mortes. Além do mais, a oposição leva a efeito uma forte campanha denunciando irregularidades, mordomias, desvios de recursos públicos e má aplicação de verbas, o que vai criar um grande desgaste na imagem de seu governo. Mesmo com os desgastes, conseguiu fazer alguns feitos por Alagoas.

Seu Mandato terminou em 1956, tendo como sucessor Sebastião Marinho Muniz Falcão.

2 comentários: